A Truta Nativa
Enviado: Qua Mai 13, 2009 8:22 pm
Segue um texto do meu amigo Gustavo... Achei na internet http://www.e-zine.com.br/portal/index.p ... &Itemid=42 e achei legal postar aqui...
Branca, tambicu, tambica, dentudo, dente-de-cão, saicanga e douradilho são alguns nomes comuns que caracterizam algumas espécies de CHARACIFORMES. Estes peixes apresentam uma voracidade aliada a uma grande força e velocidade de ataque, transformando-o num peleador sem lei, como é comum ouvirmos em relatos de pescadores dedicados à sua captura. Quando se prepara para atacar a sua presa, demonstra uma excitação no movimento de suas nadadeiras peitorais, caudal e dorsal; também parece afiar seus dentes abrindo e fechando a boca, após, avança sobre a vítima sem falhar no ataque. Fora seus dentes proeminentes e sua grande abertura bucal, podemos identificar a coloração prateada do corpo e os tons dourados ou avermelhados de sua nadadeira caudal. Habita os rios e arroios de nossa região e tem preferência por águas profundas, frias e limpas. Maio é mês das mães e das noivas e início da temporada das tambicas e das trutas! Aliás, trutas e tambicas têm tudo a ver! Pode até parecer que não, afinal a truta arco-íris, biologicamente é um animal muito diferente, mas há muita similaridade no que se refere à briga demencial que empreendem. A tambica é a nossa truta nativa, por equivalência na esportividade e na forma de captura. Tudo era branco de neblina ao amanhecer. Fria alvorada. Logo após colocar a placa “Fui pescar” em frente à loja, saímos em restrita comitiva de pesca. O dia de sol que se abriu nos trouxe uma sensação de fins de verão. A estiagem que assola nossa terra mostra, mais intensamente, seu estrago nos rios secos. Com pouca água, os peixes estão concentrados nas partes mais profundas. Milhares de lambaris se fazem ver nos rios, refletindo seu prateado ao ladear, assim, os seus predadores estão de barriga cheia, gordos, e não querem atacar nossas iscas artificiais por puro enfastio. Por outro lado, as águas estão transparentes, de tons azulados, um azul pastoso, que facilita a pesca com iscas artificiais. Paramos para pescar em um belo poço, resolvi usar sonoros plugues de meia água, para ver quem eu encontraria caçando. Comecei com uma sub-superfície, cambiei para uma cranckbait, para testar com amplitude as camadas da água. Tomei uma “batida monstra” de um grande peixe, mas não ferrou, parei o trabalho da isca e logo retomei. Tomei outra e outra e outra batida. Ao total 4 batidas antes de tirar da água a isca. Eram as tambicas, assanhadas, assassinas e expertas. A primeira batida era de uma gigante do rio, as demais, menores, foram na onda. Lancei de novo e nada! Mais uma vez no mesmo lugar e nada... Notei que as tambicas estavam com um estranho comportamento: haviam aprendido que aquela isca era artificial. Troquei de cor, usava uma azul passei para uma prateada, lancei e levei outra batida, não consegui ferrar, continue. Outra batida e outra batida... Novamente 4 tentativas, de 4 diferente peixes, e nenhuma ferrada. A tambica ataca a isca em pontos de fragilidade como por cima da cabeça e pelas costas, um comportamento assassino, mordidas rápidas e fatais, mas acaba por não ferrar. Lancei novamente e nada! Aprenderam a isca. Troquei novamente, por iscas que trabalhassem na mesma camada da água, pois notei que acima ou abaixo não se confirmava a ação do peixe. Fui diminuindo o tamanho das iscas, aí sim obtive sucesso! A primeira tambica do ano! Preferencialmente, a pesca deste peixe é feita com plugues de meia-água de 8 cm ou menos, pequenos spinners, pequenos shads e grubs. À linha principal deve ser adicionado um leader de fluorcabono,ou uma linha resistente e transparente, pois o peixe enxerga super bem e pode notar as linhas coloridas. As varas, carretilhas ou molinetes e a linha principal não devem ser superior a 14 libras. Além dos poços profundos, as saicangas gostam da sombra, e de estruturas como galhadas. Pesque e solte!
Baita abraço,
Branca, tambicu, tambica, dentudo, dente-de-cão, saicanga e douradilho são alguns nomes comuns que caracterizam algumas espécies de CHARACIFORMES. Estes peixes apresentam uma voracidade aliada a uma grande força e velocidade de ataque, transformando-o num peleador sem lei, como é comum ouvirmos em relatos de pescadores dedicados à sua captura. Quando se prepara para atacar a sua presa, demonstra uma excitação no movimento de suas nadadeiras peitorais, caudal e dorsal; também parece afiar seus dentes abrindo e fechando a boca, após, avança sobre a vítima sem falhar no ataque. Fora seus dentes proeminentes e sua grande abertura bucal, podemos identificar a coloração prateada do corpo e os tons dourados ou avermelhados de sua nadadeira caudal. Habita os rios e arroios de nossa região e tem preferência por águas profundas, frias e limpas. Maio é mês das mães e das noivas e início da temporada das tambicas e das trutas! Aliás, trutas e tambicas têm tudo a ver! Pode até parecer que não, afinal a truta arco-íris, biologicamente é um animal muito diferente, mas há muita similaridade no que se refere à briga demencial que empreendem. A tambica é a nossa truta nativa, por equivalência na esportividade e na forma de captura. Tudo era branco de neblina ao amanhecer. Fria alvorada. Logo após colocar a placa “Fui pescar” em frente à loja, saímos em restrita comitiva de pesca. O dia de sol que se abriu nos trouxe uma sensação de fins de verão. A estiagem que assola nossa terra mostra, mais intensamente, seu estrago nos rios secos. Com pouca água, os peixes estão concentrados nas partes mais profundas. Milhares de lambaris se fazem ver nos rios, refletindo seu prateado ao ladear, assim, os seus predadores estão de barriga cheia, gordos, e não querem atacar nossas iscas artificiais por puro enfastio. Por outro lado, as águas estão transparentes, de tons azulados, um azul pastoso, que facilita a pesca com iscas artificiais. Paramos para pescar em um belo poço, resolvi usar sonoros plugues de meia água, para ver quem eu encontraria caçando. Comecei com uma sub-superfície, cambiei para uma cranckbait, para testar com amplitude as camadas da água. Tomei uma “batida monstra” de um grande peixe, mas não ferrou, parei o trabalho da isca e logo retomei. Tomei outra e outra e outra batida. Ao total 4 batidas antes de tirar da água a isca. Eram as tambicas, assanhadas, assassinas e expertas. A primeira batida era de uma gigante do rio, as demais, menores, foram na onda. Lancei de novo e nada! Mais uma vez no mesmo lugar e nada... Notei que as tambicas estavam com um estranho comportamento: haviam aprendido que aquela isca era artificial. Troquei de cor, usava uma azul passei para uma prateada, lancei e levei outra batida, não consegui ferrar, continue. Outra batida e outra batida... Novamente 4 tentativas, de 4 diferente peixes, e nenhuma ferrada. A tambica ataca a isca em pontos de fragilidade como por cima da cabeça e pelas costas, um comportamento assassino, mordidas rápidas e fatais, mas acaba por não ferrar. Lancei novamente e nada! Aprenderam a isca. Troquei novamente, por iscas que trabalhassem na mesma camada da água, pois notei que acima ou abaixo não se confirmava a ação do peixe. Fui diminuindo o tamanho das iscas, aí sim obtive sucesso! A primeira tambica do ano! Preferencialmente, a pesca deste peixe é feita com plugues de meia-água de 8 cm ou menos, pequenos spinners, pequenos shads e grubs. À linha principal deve ser adicionado um leader de fluorcabono,ou uma linha resistente e transparente, pois o peixe enxerga super bem e pode notar as linhas coloridas. As varas, carretilhas ou molinetes e a linha principal não devem ser superior a 14 libras. Além dos poços profundos, as saicangas gostam da sombra, e de estruturas como galhadas. Pesque e solte!
Baita abraço,