Vamos ao texto de 2017
Uma vez, em uma reunião no Ministério da Pesca eu estava junto com outros mineiros representando os pescadores de Minas. E claro, o Caterva. Em Curitiba existiu uma reunião e alguns tomaram a decisão de que o Caterva não deveria ser considerado mídia e por isso não teve o Nelson como representante.
Bom, eu estive lá e em uma palestra comentei sobre o fato do Caterva ter mais acesso diário do que o número total de vendas de revistas de pesca por mês. O tempo passou e não foi surpresa nenhuma quando na próxima matéria publicada pela Pesca e Cia tratava justamente sobre os fóruns de pesca. Com uma série de críticas que tentava desqualificar as pessoas que escreviam seus relatos. Fazendo críticas como:
Não existe diferença entre os mais experientes e os iniciantes na hora de discutir. Para os “‘viciados” nessa rotina, o espaço virtual é o lugar onde a democracia reina absoluta.
A grande sacada do fórum está na “interatividade”. O pescador do interior do Mato Grosso pode comentar sobre a pescaria de um colega virtual de Canavieiras (BA), sem que ele tenha nenhum conhecimento sobre a pesca de marlins e olhos-de-boi.]
[Ao mesmo tempo em que textos geralmente bem curtos são escritos, fotos e vídeos são publicados para pessoas do mundo inteiro assistir.
Confira a matéria neste link: http://revistapescaecompanhia.com.br/se ... -e-contrasMuitas vezes não existe preocupação com foco, luz e traje dos fotografados, menos ainda com o bom uso do português. Expressões típicas de internet e palavras escritas de maneira errada são comuns.
Bom, acontece que a mesma Pesca e Cia resolveu se voltar contra o que eles chamam de REDES SOCIAIS. Desta vez o título veio assim: Redes sociais criam o pescador ostentação?
E traz a opinião de alguns pescadores da revista e não é de se estranhar que mais uma vez a matéria venha novamente em tom de crítica. Sabemos que tanto os fóruns de pesca como as revistas estão perdendo espaço para as tais REDES SOCIAIS. No entanto eu não acho que seja coerente simplesmente criticar sem tentar entender o que está acontecendo. Vamos destacar aqui alguns comentários. Não vou colocar os nomes aqui - mas vocês podem ler a matéria aqui: http://revistapescaecompanhia.com.br/fi ... ostentacao
As redes sociais estão criando uma nova classe de pescadores. Os “Instachatos”, em que qualquer um vira prostaff virtual, mas, na verdade, nada ou pouco sabe. E o pior: quer ensinar. Acho que as redes sociais são ótimas ferramentas de divulgação, mas é preciso estar de sangue doce com elas, pois você vê coisas boas, mas também terá de ter paciência para aguentar aqueles ostentadores de araque. Hoje está mais fácil o surgimento de "fakes".
Eu vejo como uma coisa de iniciantes. São pessoas que estão há pouco tempo na prática e vai na onda do outro. Eu estive algumas vezes com pescadores que estavam na Amazônia, por exemplo, pela primeira vez, e foram induzidos a comprar produtos caros, os quais eles nem sabiam usar. O pescador para de ostentar quando ele entende a funcionalidade de cada equipamento. Nas redes sociais, muitas vezes, o pescador exagera porque se empolgou.
Vamos ao que interessa. Pesca e Cia, não é necessário tentar desqualificar o que está acontecendo, pois isto não é um fenômeno exclusivo da pesca esportiva, está acontecendo no mundo inteiro. Os padrões estão mudando, a tecnologia está mudando e as pessoas estão mudando. E estamos no meio do processo e não vai ser criticando os outros que vai conseguir se qualificar.Hoje em dia é impossível não perceber estas coisas nas redes sociais! Quanto ao "Photoshop", penso que fica a critério de cada um, vez que o resultado é quase sempre em desfavor ao pescador, já que a "arte" nem sempre vem bem elaborada, denunciando a má intenção de quem se utiliza disso.
Quanto ao assunto, REDES SOCIAIS, elas sempre existiram. Desde que os homens resolveram se juntar dentro de uma caverna ao redor de uma fogueira. E junto com elas a ostentação... quem tinha o osso mais legal ganhava a atenção dos outros.
- Lembra do gordinho dono da bola?
- Será que a piada Mentira de pescador surgiu do nada?
- Quantas histórias já foram contadas tentando ostentar um peixe ou uma pescaria?
- Do playboy com o carrão do pai?
- Daquele dono da bike extra light?
O triste é que uma revista como a Pesca e Cia não entender este comportamento e preferir criticar a tentar aprender com ele. Se acham que tem muita gente ostentando, muita informação errada, muita gente que não tem TANTA experiência assim, que tal então aproveitar o espaço deixado e produzir conteúdo de qualidade, entregar informação de qualidade. Nunca existiram tantas oportunidades como hoje.
Veja o exemplo do Hospital Albert Einstein.
Dê uma lida:
Hospital revisará informações gerais sobre doenças e sintomas mais buscados na ferramenta
Pesquisas relacionadas à saúde, como informações sobre doenças e sintomas, respondem por 5% do volume de buscas do Google. Mas, embora o hábito seja comum, são poucas as garantias de credibilidade e qualidade do conteúdo disponibilizado na internet. Atentos e cientes disso, o Einstein e o Google lançaram um novo serviço ao usuário de buscas: quadros com informações de saúde revisados pelo hospital.
A partir de hoje (09/03/2016) ao buscar pelas principais doenças e sintomas o usuário receberá no topo do resultado de busca um quadro com informações. Os quadros estrearam nos Estados Unidos, em inglês, em setembro de 2015. Em fevereiro deste ano eles ganharam uma versão em espanhol.
ENTENDEU A DIFERENÇA PESCA & CIA?
Eles não escreveram um post no site deles criticando ninguém... mas resolveram usar o conhecimento que tinham pra ajudar as pessoas.
Aqui vai uma dica do Zeca (eu mesmo), que estou há 21 anos trabalhando com marketing digital.
Que tal fazer uma força tarefa com o "pro staff" da revista, comecem a monitorar mensagens postadas nas redes sociais e façam uso dos comentários para complementar, ajudar, ensinar e criar um ambiente positivo em torno do nome da revista e ainda mais sobre os pescadores do staff. Alguns dos quais nasceram dos posts do Caterva.
Vou usar aqui outro case, feito pela Best Buy nos EUA. Que usou o Twitter para tirar dúvidas dos consumidores. Talvez tenham percebido o mesmo que vocês, mas preferiram usar isto a favor e não criticar.
youtu.be/uc6Z5KR-Oys
Outro bom exemplo é o case Curators of Sweden.
Eles deram a senha do twitter do país para qualquer cidadão expor suas ideias livremente, sendo besteiras ou não. Isso é ter coragem... aprendam!
youtu.be/tn-spWjc6ys
Mais alguns exemplos
Muitos criticaram a wikipedia, principalmente os donos das enciclopédias impressas. Dizendo que não era confiável, hoje a wikipedia está ai e onde foram parar as Barsas?.
A indústria fonográfica tentou eliminar o NAPSTER. Conseguiram... mas no dia seguinte surgiram milhares de outras alternativas melhores. Hoje, alguém se lembra de alguma loja de venda de CDs?
Pesca e Cia, ou vocês aprendem ou vão ter o mesmo destino das lojas de CD.
PARECE QUE A PESCA & CIA não aprendeu nada... Eis que no dia 07 de janeiro de 2017 eles publicaram este post -> Os oito piores pescadores que existem
Algumas das personas comentadas eu até concordo que são problemáticos, mas queria destacar o 1 e o 4, ambos batem no mesmo ponto deste artigo. Antes de criticar, tentem entender o momento, eu também me irrito quando vejo certas besteiras, mas sempre que posso eu tento explicar da maneira que eu acho. O meu ponto de vista... E aquilo que eu não conheço eu não falo. Uma pena, mas a gente entende.
1 – Obsessivos das redes sociais
Aqueles que só pensam em ficar postando fotos da pescaria nas redes sociais e procuram sempre escrever vantagens.
Aqui uma curiosidade:4 – Falsos especialistas da internet
Os que só pescam na internet. Porque não saem para uma pescaria de verdade. E então se especializam em um monte de teorias que muitas vezes não tem embasamento algum. Esses pescadores virtuais só sabem disseminar falsas informações e teorias. E existem muitos grupos que propagam esses conteúdos de má qualidade.
E olha o que eles disseram sobre a fotografia digital em 1975: Leia a história clicando aquiEm 1975, um engenheiro de 24 anos chamado Steven Sasson inventou a fotografia digital enquanto trabalhava na Eastman Kodak, criando a primeira câmera digital do mundo. Porém, a empresa não estava entusiasmada com a mudança na indústria.