PESCAR? EITA...DROGA DAS BOAS!!!

Peixe Exótico, a Tilápia é a Rainha dos Pesqueiros. Encontrada também na Natureza, foi eleita por muitos, o seu peixe preferido.
Vamos saber porque ...
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Marcos A Cavalcanti
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PESCAR? EITA...DROGA DAS BOAS!!!

Mensagem por Marcos A Cavalcanti » Qua Dez 15, 2010 10:16 am

Pois é tilapeiros:
Domingo passado, lá fui eu novamente ao Capivari.
Sol e calor de “rachar a cuca”, acreditanto haver algum erro na previsão do Climatempo, que haveria chuva para este e os demais dias da semana, pus o pé na estrada, ou melhor no acelerador do possante, feliz da vida, assobiando no trajeto, até passar da entrada da estrada da Graciosa, onde na primeira curva antes do pedágio, a chuva já estava presente.
Mais desgraça sozinha, não faz verão, nem pescaria, após pagar o pedágio, água despencando, nada á desanimar, passei devagarzinho na frente do posto da Polícia Rodoviária, pra que ser parado pelos guardas? Perder tempo? Ser agraciado com uma multa? A pescaria ficaria mais cara né?
Passei em baixa velocidade, acelerei na subida, cheguei ao tope, comecei a descer...
Trânsito Parado...”Mir e tantos veículos parados, congestionamento”???
Aí começou a novela... Andar alguns metros e parar e a fila de carros e caminhões imensa e aumentando cada vez mais e para variar chuva á dar com o pé.
Os apressadinhos... dirigindo pelo acostamento e chuva...
Na faixa esquerda da pista de ida, via os carros na pista contrária, voltando á Capital, por sinal, vários com reboque:“carretas com barcos”, cuja chuva, estragou a pescaria de todos.
Azar deles e eu ali, só ia começar e olhando o relógio, faltavam menos de 15 quilometros para chegar no Recanto do Sabiá e assim se passaram umas duas horas, até que o trânsito fluiu e logo estava encostando no pesqueiro.
Novidade...A chuva tinha parado.
Montei rapidinho a barraca do pouso no local abrigado e depois:
Beleza, descarregar as tralhas e logo montar o pesqueiro.
Barro é o que não faltou, calcei a bota, tirei a camisa e fui só de bermuda, aplainar o barranco, depois montar a barraca de pesca.
Represa com a água uns 15 metros lá embaixo, descer com as tralhas uma maravilha, subir para pegar o resto, a “veiera” deu sinal, chegava ao topo sem “fôlego” e pior, a chuva voltou, até que na última subida, molhado até ...troquei a bermuda encharcada e dali em diante, seria só alegria.
Seria, pois anoiteceu, a chuva parou e por sacanagem começou a ventania.
O “jeito” era colocar star lite nas peninhas, tentando no balanço da água, enxergar a beliscada das meninas.
Só tentar, pois de nada adiantou.
Parava o vento, começava a chuva e assim foi até as 2 da matina.
O “recurso” foi ir dormir e até pegar no sono, chuva pra quem te quero.
Segunda pela manhã...a chuva virou tempestade, mais as esperanças renovadas.
Descer ao pesqueiro, constatar que a água havia subido...
Montar outro pesqueiro, barranco acima.
A “cortadeira” comeu solta, cavando e aplainando outro local.
Tudo pronto, linhas na água, anzóis iscados com capim, de repente aquela corrida, uma tilapinha, depois outra, mais uma, todas miudinhas.
Tempo passando, hora de encher a pança, subida cansativa de novo.
Bem, depois do almoço, o merecido descanso... tirar uma soneca, que foi até as 16,00 horas.
Acordar revigorado, se preparar para a próxima noite.
Descer ao pesqueiro.
Êpa. A água tomou conta de tudo.
Lá fui eu novamente cavar o barranco, pra variar debaixo de chuva, acabei todo molhado novamente.
Nada que uma “muda de roupa” não resolva.
Roupa seca, desce barranco, armar as pegadeiras, agora sim com chuva fina e água parada, a peninha afundou... um cascudinho enroscado no anzol, foi a única ação até a meia noite.
Sobe barranco, ir dormir era o jeito, foi sorte pois logo despencou água novamente.
Terça feira, raiar das 6 da matina, saí da barraca, chuva parada, vento frio soprando pra valer, desistir...
Não, descer ao pesqueiro, constatar que a água subiu novamente e estava tudo alagado, já adivinharam?
Novo pesqueiro, desta vez uns 80 centímetros acima da água, garantido.
Linhas na água, capim nos anzóis, depois erva doce, até peguei uma tilapia das boas, mais foi a única, o restante só miudinhas e chuva pra variar.
Não passaram nem duas horas e dava pra sacar que a água subindo também ia invadir o pesqueiro.
Resultado, mesmo contra vontade, só uma solução...
Desmontar o pesqueiro debaixo de chuva, subir umas quatro vezes o barranco, com as tralhas todas sujas de barro.
Lavar tudo, depois desmontar a barraca do pouso, guardar tralhas, cobertas, travesseiros no carro e finalmente trocar a roupa “ensopada” por outra seca e por o pé na estrada.
Juro que não vou mais pescar...
Até a próxima semana é claro.
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Sidnei Ferreira
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Mensagem por Sidnei Ferreira » Qua Dez 15, 2010 2:02 pm

Hhhahahahahahahahahhahahhaha, Marcão!
Vida de tilapeiro é assim mesmo, a paixão fala mais alto mesmo e faz com que a genta fique ensistindo até debaixo de um dilúvio.
Confesso que já passei por várias destas situações.
Certa vez, fiquei 03 dias acampado numa ilha aqui do litoral norte de SP sem poder sair da barraca com o mar virado e sem condições de navegação, foi muito louco e inesquessível. O barco que alugamos foi nos buscar somente no quarto dia e ainda com o mar meio mexido, mas já em condições de navegação.
Mesmo assim não desisti, depois de algum tempo, voltei lá e foi maravilhoso os dias de pesca nos costões desta Ilha.
Atrás das tilápias, vixiii, tem tantas histórias parecidas com estas que vc relatou.
Faz parte meu caro, faz parte...
Grande abraço!
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Marcos A Cavalcanti
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Resposta ao Sidnei Ferreira

Mensagem por Marcos A Cavalcanti » Qua Dez 15, 2010 6:58 pm

Pois é amigo, como dizia minha falecida avó: Há males que vem pro bem.
Esta chuvarada aqui em Curitiba, tem seu lado bom para nós tilapeiros do Capiva, os rios estão transbordando e obviamente, muitos desaguam na represa o que fará com que o nível da mesma, logo volte ao normal, acabando com o sofrimento dos barancos longíncuos e além disso, havera inúmeros pesqueiros no Recanto do Sabiá, que agora como está é dificil arranjar um "lugarzinho", então nos 2km de extensão do mesmo, tal problema deixará de existir.
Agora á cada temporada, as coisas mudam, por exemplo: No momento, as meninas não estão "batendo" no período noturno, que alías é nele que gosto de pescar.
Eu e alguns outros "loucos" estamos pensando em mudar o sistema: Ir pescar em dias ensolarados, chegar no pesqueiro no clarear do dia, pescar o dia todo até umas 19,00horas que ainda está claro, de acordo com o horário de verão e voltar para casa.
Mesmo que "batam" as miudinhas, arrisca-se um trofeu, já que durante o dia elas estão preferindo capim e erva doce.
Sei lá, vamos ver, o que eu não posso é perder este emprego.
Abraços.
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Dante
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Mensagem por Dante » Qua Dez 15, 2010 10:20 pm

GRANDE MARCOS.ESSE É O MELHOR MOMENTO,QUANDO COMEÇO A LER OS SEUS RELATOS,OS SEUS "CAUSOS".VIDA DE TILAPEIRO É ASSIM MESMO...PAIXÃO PURA... ABRAÇOS...
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Jefferson Schraier
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Mensagem por Jefferson Schraier » Qui Dez 16, 2010 8:00 am

Uma coisa é certa essas danadas estão dando muito trabalho, e colocando o pescador cada dia um desafio diferente. Vamo que vamo.
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Sidnei Ferreira
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Mensagem por Sidnei Ferreira » Qui Dez 16, 2010 9:56 pm

Marcão, cada região tem sua particularidade.
Aqui em Sampa, se a represa estiver muito cheia, as tilápias dão uma diminuida nos ataques às iscas das varinhas, pois elas começam a comer os capins que cresceram durante as águas baixas e só depois de um bom tempo, quando este capim escasseia é que elas começam a bater nas varinhas novamente.
Atualmente aqui na represa Billings está muito difícil a captura de bons exemplares em qualquer período do ano devido a grande devastação ambiental que ela vem sofrendo ao longo dos anos, mas de vez enquando sai umas bonitonas durante a pesca noturna. Nem sempre foi assim, a uns 15 anos atrás pescávamos durante o dia mesmo, neste mesmo esquema que você está querendo fazer e o resultado era impressionante, vários exemplares de bom tamanho.
Tenho muita saudade daqueles bons tempos, quando meu pai me ensinava todas as manhas da pesca com capim, erva doce e milho.
Formávamos uma dupla perfeita nesta arte. Ensinamos muita gente a pescar com capim, imagina só, eu garotinho ensinando os marmanjos nas beiras dos barrancos. Meu velho pai ficava todo cheio de orgulho ao presenciar tal coisa.

Abração!
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Marcos A Cavalcanti
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Mensagem por Marcos A Cavalcanti » Sex Dez 17, 2010 7:23 am

Alô Sidnei. O que você mencinou não é conhecidência e sim um fato. O Capivari e várias outras represas aqui do Estado, esteve com o nível baixo durante os últimos seis meses e o capim cresceu em seu leito e parte das margens. Agora enchendo, certamente os cardumes das tilápias migrarão para estes locais, onde se fartarão de comida, então, o macete que pode dar resultado(?) é jogar e afundar com um peso, um maço de capins e erva doce na frente do pesqueiro. Esteja certo que não é só na Billings que os exemplares maiores são raros, no nosso caso, tem sido a pesca predatória que acontece ao longo do ano e principalmente agora que "elas" estão ativas e para tristeza de muitos, esta prática está disseminada em todas nossas barragens. Que saudades das bocudas de uns 15 anos atrás.
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Ricardo Haruo
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Mensagem por Ricardo Haruo » Sex Dez 17, 2010 9:35 am

Marcos A Cavalcanti escreveu:Alô Sidnei. O que você mencinou não é conhecidência e sim um fato. O Capivari e várias outras represas aqui do Estado, esteve com o nível baixo durante os últimos seis meses e o capim cresceu em seu leito e parte das margens. Agora enchendo, certamente os cardumes das tilápias migrarão para estes locais, onde se fartarão de comida, então, o macete que pode dar resultado(?) é jogar e afundar com um peso, um maço de capins e erva doce na frente do pesqueiro. Esteja certo que não é só na Billings que os exemplares maiores são raros, no nosso caso, tem sido a pesca predatória que acontece ao longo do ano e principalmente agora que "elas" estão ativas e para tristeza de muitos, esta prática está disseminada em todas nossas barragens. Que saudades das bocudas de uns 15 anos atrás.
Marcão
Domingo passado presenciamos a Força Verde apreender três redes, uma caixa de isopor de mais ou menos 80 litros com muitos peixes e ainda prender um mané que vai ter de pagar R$2.500,00 de multa + fiança. Quem dera isso fosse mais frequente, aí sim nosso Capivari seria bem mais preservado.
Abs!
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Marcos A Cavalcanti
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Mensagem por Marcos A Cavalcanti » Sex Dez 17, 2010 11:10 am

Legal Ricardo, fico feliz em saber desta notícia, espero que eles intensifiquem este trabalho, pois soube pelo dono do pesqueiro Recanto do Sabiá, que tem um "conhecido" pescador que agora é caseiro de uma chácara lá perto, que armando redes, capturou 400 kilos de peixe e os vendeu. Este "cara" além de boçal é um covarde, não só por esta ação, mais usou um outro "coitado" que mora por lá, para ir receber a grana da venda, em troca de uma garrafa de pinga. Outra notícia que espero ser verdadeira é que no pesqueiro em frente, Pousada Capivari, os proprietários expulsaram o caseiro, pois este é sogro do acima referido, bem como, finalmente proibiram que os habituais pseudos-tilapeiros,que usavam garatéias no lugar do anzol normal, voltem a pescar no local.Por outro lado, se a FORÇA VERDE, viesse atuar á noite, muitos resultados aconteceriam, pois é neste período que os "infelizes" atuam de todas as formas em todos os pesqueiros públicos ou não. Melhor ainda seria, se todos os demais pescadores que sabem e até presenciam estas barbaridades se dessem ao trabalho de denunciar, pois o silêncio deles é a causa destas barbaridades. No passado denunciei ás autoridades e informei aos companheiros. Sabe qual foi o resultado: Nenhum, exceto que fui obrigado a deixar de pescar naquela pousada, pois os "caras" queriam meu "couro", então, á anos freqüento o Sabiá, que pelo menos lá o proprietário, não admite este tipo de pescaria, mais sempre tem algum FDP que tenta, cai do cavalo, porque os demais criam caso.
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