Porém, conheci o Rafaello, que havia pescado no rio Uatumã, no lado de cima da hidrelétrica, represa de Balbina – Município de Presidente Figueiredo – AM e ele estava programando de ir novamente pra lá. Me explicou ele que nesta repesa os tucunarés não são grandes, a média é de 800 g a 3 Kgs – Pega-se até de 5 ou 6 kg, mas é raridade. Já na parte de baixo da represa, no próprio rio Uatumã, entram normalmente tucunas de 5 Kg e não é raro acima 8/9 Kg . Mas aí teríamos que acampar e não tínhamos tempo nem havíamos programado esse tipo de pescaria, mas no futuro, talvez encaremos essa empreita.
Como tínhamos as passagens, orçamos que não gastaríamos mais que R$ 1.000,00 por pescador por 4 dias de pesca e 1 de hospedagem em Manaus, fato que se confirmou com sobra. Convidamos meu Irmão Mateus que mora em Sinop, MT, que também possuía as passagens e topou ir conosco . Nem precisamos insistir muito.rs.
Comecei a fazer buscas sobre o local e encontrei duas pessoas que me ajudaram muito: primeiro o Raoni, através da Caterva, o qual indicou a Pousada Vicanas – www.vicanas.com.br e também o Beto Akamine, através do Oga, que foi de uma solicitude fora do comum. Fazendo um verdadeiro e completo roteiro Amazônico, incluindo até sugestões culinárias e muitas dicas de pesca naquela represa. Desde já agradeço demais a vocês.
Depois de vários telefonemas, acertamos tudo e na segunda de manhã dia 12/11, “bora pra Manaus”. Chegando por lá, econtramos meu Irmão Mateus e para nos recompormos da viagem, encaramos o tradiconal tacacá - o tal do jambú é a morfina em forma de planta – parece que uma abelha ferroou a língua – não me pega mais nem com sucrilho e danoninho - pelo menos a cerveja tava trincando de gelada.
Ficamos até terça (13/11) a noite em Manaus. Nesse período conhecemos o Teatro Amazonas (show), Mercado Municipal (vale pelos produtos naturais “exóticos” para nós do sul), Manaus Harbor (Porto), Hidroviária, Zona Franca (decadência total) e a loja de Pesca Sucuri (outra dica do Beto Akamine), que em seus vinte e poucos metros quadrados tem mais mercadoria que muita loja grande. Achei inclusive umas Marias 90 F e por pouco deixamos de encontrar o Jim Murata e o Nelson Nakamura, que estavam indo pra Barcelos e estiveram na loja no dia anterior.
Vale um elogio especial para o atendimento dispensado pelo proprietário Jorge e seus empregados, que ficaram mais de duas horas conosco, deram descontos (o preço já era bom), trocaram gratuitamente, sem pedirmos, todas as garatéias da iscas e ainda agilizaram o táxi que nos levou pra Balbina na terça a noite (200 Km ao norte de Manaus – estrada asfaltada) para onde seguimos, chegando por voltas da 22 h e fomo recepcionados com uma sopa regada à pimenta curtida no tucupi – conferi se não tinha jambú dentro e mandei ver.
Pescamos do dia seguinte, 4ª-feira, até sábado. Resumo da rotina: Acordar 04:30, o proprietário da Pousada, Vicente Cardoso, nos levava de F-4000 até o porto, à 10 Km da Pousada, onde tomávamos o café enquanto arrumavam o barco de 8,5 metros, que as 05:30 já estava pronto. Almoço numa das 3 mil ilhas e retorno por volta das 17:30 h, pois já era escuro, haja vista não seguirem o horário de verão, fazendo com que o fuso seja de – 2 h. A noite, janta (sem jambú) e berço antes da 22 h.
Fazendo um resumo geral do clima, o tempo esteva nublado nos dois primeiros dias, devido a uma frente fria. Se por um lado foi ruim pelo fato de saírem menos peixes que o esperado nesses dias, por outro foi bom, porque no terceiro dia quando o sol apareceu pra valer na parte da tarde e se manteve por todo o 4º dia, nem protetor solar 30 dava conta – queimava as costas, mesmo estando de camiseta. Em compensação os peixes ficaram mais ativos e começaram a entrar com freqüência nas iscas de superfície.
O rio Uatumã foi represado sem que as árvores tivessem sido cortadas, tornando a represa de Balbina num imenso e impressionante paliteiro, de 200 mil Km2, exceto numa pequena faixa que era o antigo leito do rio. Pesca-se sempre nesses paliteiros, do lado direito do leito rio (o lado esquerdo é reserva ambiental), próximos à margem e em grotas, ou locais que eram os antigos igarapés afluentes do rio Uatumã. O Piloteiro decidia os pontos de pesca diários, que variavam de 30 min à 1:30 h de motor 35 HP.
Mas vamos ao que interessa: fotos
Esse foi o maior que peguei, logo no primeiro dia.
Outros tucunas - Bomber 15 neles - levei camisa e calça compridas, mas quando o sol resolveu sair, o uniforme obrigatório era esse - a vantagem é que não tem pernilongo ou quaquer outro mosquito.
Rafaello e matadeira Skitter Walk
Teve cachorra.
Aruanã embarcado - Mateus na foto
Aruanã desembarcado – o Rafaello não deixava os peixes em paz nem na hora do almoço
Também garanti minha foto com o Aruanã
Elas também apareceram - essa é pra Caterva Oeste – Fat Rap nas dentuças
Piranha na lingüiça – só pro almoço não ficar monótono.
O Rafaello e um belo tucuna – amarelo, mas com a nadadeira dorsal e parte do rabo em azul
Esse saiu no último dia, perto do meio dia – o sol tava à pino – foi o mais bonito que peguei e que deu mais trabalho, pois quase se enroscou num tronco - nesse ponto, era raso e a água quase translúcida e vendo toda a briga, a emoção foi dobrada . Mas ele colaborou e pra minha alegria fez o caminho de volta e foi embarcado - na Mirrolure Top Dog Jr
De volta à água, fica mais bonito ainda
Mas tudo tem um fim e essa foi a sugestiva camiseta do Rafaello para o derradeiro dia.
Rafaello, Mateus, S. Vicente (Pousada Vicanas), eu e Preto (piloteiro) aguardando o táxi que nos levaria ao aeroporto de Manaus e de lá para os 18º da primavera curitibana.
Temos muitas outras fotos, mas o Mateus está com problemas no envio e acabei usando quase que somente as da minha câmera. Porém acho que essas são suficientes para ter uma idéia da pescaria.
Iscas campeãs:
1º lugar - Rapala - Skitter Walk branca cabeça vermelha (maior levantadora de peixe e um ratlin que hipnotizava até passarinho)
2º lugar– Bomber 15 tigrada (a melhor disparada de meia água – Dica do pessoal da Sucuri)
3º lugar - Mirrolure - Top Dog JR (a única que se aproximou da Skiter Walk)
Agradecimentos:
- À Deus.
- aos parceiros Rafaello e a meu Irmão Mateus pela companhia e compartilhamento de dias tão maravilhosos.
- às dicas dos Caterveiros Raoni, Oga, que além de iscas e dicas, indicou também o Beto Akamine. E especialmente a este, que foi de grande valia para nosso roteiro de viagem, pois me dispensou atenção mais que esperada. Por sua indicação, tomei o sorvete, ou melhor os sorvetes de tapioca, cupuaçu e outros mais, açaí, graviola, e muitos, muitos mesmos que não recordo os nomes exóticos. Grato mesmo.
Ah!
Não resisti e trouxe dois tucunas embora, um deles sem medida.
Destes, até o Jim Murata levou embora, só que ele pagou na loja, R$ 400,00 num com o dobro do tamanho deste maior. O meu eu paguei R$ 50,00, depois de muito choro e com menos atravessadores envolvidos.
O melhor da viagem: de tardinha, quase escurecendo, depois de um dia quente e abafado, tomar uma benvinda chuva de encharcar o couro, em plena Floresta Amazônica.
E foi isso. Abraço a todos.
