VOLTANDO Á REPRESA CAPIVARI CACHOEIRA

Peixe Exótico, a Tilápia é a Rainha dos Pesqueiros. Encontrada também na Natureza, foi eleita por muitos, o seu peixe preferido.
Vamos saber porque ...
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Marcos A Cavalcanti
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VOLTANDO Á REPRESA CAPIVARI CACHOEIRA

Mensagem por Marcos A Cavalcanti » Qui Nov 25, 2010 5:51 pm

Tudo aconteceu dentro do previsto, dia 16/11 lá estávamos nós, eu e o Osvaldo na minha primeira aventura "tilapesca" do ano, já que ele, já tinha estado por lá outras vezes. Nada fora do previsto, o nível da água, de fato á uns 15 metros abaixo, portanto, trabalho á vista, descer e subir os barrancos várias vezes, para levar as tralhas e... hajam elas. Como se diz na gíria, descer todo santo ajuda, mais o "pepino" seria dois dias e noite após, para levá-las novamente ao carro. Bem mais isto é preocupação futura, o negócio no momento era preparar o pesqueiro, aplainando o barranco, instalando o guarda sol e sobre o mesmo a lona formando a barraca de pesca, afinal, previa-se chuvas durante a pescaria.
Tudo pronto, daí sentar na cadeira e descansar um pouco. Isto feito, agora era lançar as "matadeiras" na água, usando capim picuio e erva doce como isca. Usei naquele primeiro momento 3 varas de 2,70 lançadas no meio do pesqueiro e outras 2 de 3,60 armadas próximo ao barranco. Deu para sacar que só os alevinos estavam atacando as iscas e o tempo foi passando e nada de ataques de tilápias maiores. Então o "jeito" foi subir o barranco e "tirar a barriga da miséria". Depois de "encher a pança", aproveitar o tempo para montar a barraca para dormir.Assim foi feito, depois "encher" o colchão inflável, com umas "trocentas" bombadas, enfim pouso arrumado.Tudo nos conforme, papo daqui, papo de lá, eu e o Osvaldo colocamos os assuntos em dia e como a tarde estava nublada, dava para voltar ao pesqueiro e aproveitar para levar a ração de peixe, milho verde, refletor, enfim...ganhar tempo nisso, para a pesca noturna. Resolvi mudar o sistema, usando varas compridas e lançá-las formando um leque na frente do pesqueiro, armadas á uma aprofundidade de uns 3,00 metros no mínimo. Eureka! Deu certo! Não demorou muito entrou a primeira tilápia.Não era aquele trofeu, mais já deu para sentir a emoção deste tipo de pescaria com capim e erva doce. E apesar de uma certa demora, assim continuou a acontecer ao longo da tarde. Hora de subir para preparar o café da tarde, do qual sou normalmente escalado, pois meu amigo Osvaldo...bem deixa prá la. Não demorou muito e apareceu por lá o Tadeu, proprietário do pesqueiro, louco pelo dinheiro das entradas. Fomos por ele informado que alguns caseiros das propriedades próximas, andam armando redes a noite e um deles acabou vendendo 400 kilos de peixe dias antes è lamentável, porem, uma realidade, que vem acontecendo ao longo dos anos, portanto, o píor é a inexistência da fiscalização por parte da Força Verde e do IAP, assim estes caras "deitam e rolam" na pesca predatória.
Hora de descer novamente ao pesqueiro,aproveitar para cevá-lo para o período noturno e de repente... lá veio a chuva prevista, que logo passou e ficamos na expectativa que contribuisse para a pesca noturna.
A noite chegou e depois de nos agasalharmos, voltamos aos nossos respectivos pesqueiros, no meu caso, voltei a usar as varas curtas, desta feita, armadas com grãos de milho verde. Bem...até á 1 da matina entraram 6 tilápias míudas e nenhuma para meu amigo Osvaldo. O jeito era subir e ir dormir, combinando que noutro dia logo no clarear, voltarmos aos nossos pesqueiros, pois as tilápias maiores estariam ativas, na pesca com capim. Não estavam como imaginamos, mais ainda tínhamos um novo dia e outra noite para tentar a sorte.
Este segundo dia foi pior que o primeiro e a tarde para variar " caiu" aquele toró, acompanhado com uma ventania, que formou uma neblina em plena tarde. Não dava para encarar aquela tempestade no pesqueiro, pois os raios caiam á todo momento. Aliás neste sentido faço um parêntese: A prudência é evitar pescar com raios, que podem ser atraídos pela composição de carbono das varas telescópicas, então, deixá-las nos suportes e ficar longe do pesqueiro.
Porem a tempestade passou, ficou uma "chuvinha" modesta e como já estava na hora de se preparar para uma nova noite, lá fomos nós aos pesqueiros.Para encurtar a estória, até a meia noite, nenhuma ação, então, fomos dormir.
No dia 18/11 logo cedo, depois de fazer o café, resolvi desmontar a barraca do poso, guardar as coisas no carro e só então ir "aventurar" mais uma vêz. Levei sorte, até a hora do almoço, entraram umas 15 tilápias de bom porte, nas varas compridas. Mais como tudo que é bom termina, então, começou o "sacrificio" de subir o morro com as tralhas de pesca, depois lavá-las e por o pé na estrada. O resultado final desta pescaria foram 40 tilápias de bom porte, das quais, trouxe meia dúzia para consumo e as outras foram devolvidas, na expectativa de que não sejam capturadas pelas redes dos pseudos-pescadores.
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Sidnei Ferreira
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Mensagem por Sidnei Ferreira » Qui Nov 25, 2010 11:38 pm

Muito bom Marcão, pescaria é assim mesmo...
Eu é que tô precisando de uma destas, de ficar uns dias acampado na beira de um pesqueiro com tilápias mordendo o capim.
Aqui na minha região está muito difícil a captura das tilapias com capim, é que a nossa represa (Billings) está agonizando depois de tantas irregularidades e matança de peixes por parte dos aloprados pescadores que utilizam redes e tarrafas e quem sofre depois com isso, somos nós, os pescadores esportivos.
Abção!
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Marcos A Cavalcanti
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Resposta ao Sidnei Ferreira

Mensagem por Marcos A Cavalcanti » Sex Nov 26, 2010 7:03 am

Eureka! Deu certo! Não demorou muito entrou a primeira tilápia.Não era aquele trofeu, mais já deu para sentir a emoção deste tipo de pescaria com capim e erva doce.
-x-x-x-x-x-x-x-
Pois é meu caro, pena não termos nestes momentos uma filmadora para gravar a cena, entretetanto, se houvesse, com certeza, a emoção não seria a mesma daquela de tentar descrever como isto ocorre, cujo propósito de qualquer narrativa é acionar a imaginação de quem nos lê.
Então imagine:
1)Você lá sentado, lança as linhas na água, aguarda que o chumbo afunde as iscas dos anzóis;
2)O olhar percorrendo as peninhas de um lado para outro, a cabeça até dá para comparar á um limpador de parabrisa, a concentração é tamanha e a expectativa maior ainda;
3) De repente um leve movimento numa delas, direcionamos a mão no cabo da vara e aguardamos;
4) São breves segundos que parecem uma eternidade e a peninha vai se movimentando as vezes para um dos lado, outras para o fundo;
5) No exatro momento, damos a fisgada...o peixe roubou a isca.
6) Tudo se repete e finalmente numa das varas, naquele momento crucial, damos a fisgada. A varinha verga com o peso do peixe, que ao mesmo tempo, tenta se livrar do anzol, nadando de um lado para o outro.
7) Usamos de toda nossa experiência e técnica para evitar que ele se enrosque em outras linhas, mais não tem jeito, o bicho é danado em esperteza e é isto que acontece.
Independente da habilidade, ele consegue e neste momento que em silêncio mental, xingamos todos os santos.
Que trabalhão... e quando estamos quase conseguindo pegá-lo com as mãos, o malandro sacode-se violentamente no ar e escapa.
8) Ficamos com aquela cara de "pamonha"... e as alternativas:
a) Levamos um tempão para desembaraçar as linhas ou
b) Cortamos as mesmas e fazemos novas.
9) Voltamos á mesma rotina, até que finalmente como prêmio de consolação, finalmente capturamos o danado.
10) São estas aventuras emocionantes que ousamos dizer que capturamos um peixe, mais na verdade, somos capturados por eles, concorda?
Então meu chapa, agora deixe de imaginar e vá pescar.
Falou?
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